Todo Cristão Tem Que Amar a Deus
Por Alex Pereira
Amar a Deus é imperativo, portanto inquestionável!
Minha questão não é questionar algo que é imperativo, mas entender o porquê então Deus por diversas vezes precisa repetir e conclamar seu povo a amá-Lo, adorá-Lo, exaltá-Lo e todas as ações pertinentes a honrá-Lo. Simplesmente; por que?
Esta questão tem rodeando minha vida e consumido parte da minha meditação. Coloquei tal façanha como algo primordial para minha vida e desejo que alguma resposta seja, no mínimo, aceitável ou compreensivo para mim e quantos quiserem uma resposta.
O que penso aqui, não é na verdade, a verdade, mas uma das pontas da verdade que podem nos levar a descotinar o propósito de Deus a nos exortar tanto a amá-Lo assim.
Quando olhamos para dentro da igreja, podemos ver e sentir, que dentro dela há inumeras questões que ainda não possuem explicação, mas que também, a grosso modo, não há muitos interessados que reflitam sobre tais questionamentos. Penso cá com meus botões, aonde estão os "bereianos" da igreja atual? Além do mais, vejo que há um desânimo, que, é sempre crescente dentro da igreja no que tange um interesse por produtos literários de boa qualidade. Os afins sobre batalhas espirituais, auto ajuda, prosperidade estão no topo dos livros mais vendidos no seio da igreja, vejo isso como uma terrível ameaça para nossas futuras gerações, afinal quem é que estaremos gerando mesmo?
Como amar a um Deus à base de mandamento? Afinal o amor é sentimento ou algo concreto por essência? Como é que "tenho" que amar? Sendo o amor abstrato, como acatar uma ordem para amar? Estes questionamento estão rodeando a minha mente, pois, verdadeiramente desejo amar ao Senhor com tudo o que eu tenho.
Nesta minha jornada ao encontro inevitável com uma resposta plausível que alimente o meu ser, encontrei algo que me deixou satisfeito, pelo menos, por hora.
Lendo Êxodo mais acuradamente encontrei as seguintes palavras: "Eu sou o Senhor, o teu Deus, que te tirou da terra da escravidão" (20.2), esta é a introdução dos dez mandamentos, a seguir temos todos eles muito bem redigidos a alto e bom som. Esta frase verdadeiramente tem seu lugar neste contexto, em sua imensa sabedoria, Deus quis, tão somente isso, lembrar quem Ele era e o que Ele representava para esta nação (todo), e mais a miúde, para cada um daqueles que estavam recebendo a mensagem (indivídual) que Ele mesmo havia colocado diante de Moisés.
Os primeiros versículos dizem de forma resumida (sugiro que você mesmo leia as Escrituras completas em sua Bíblia) - não terá outros deuses diante de mim (3), não farás para ti nenhum ídolo ou imagem (4), Não prostarás diante dele nem lhes darás culto (5), não tomarás o nome do Senhor em vão (7), e finalmente, lembrar do dia de sábado para santificá-lo ao Senhor (8). O que dizem estes versos? Por que vieram somente após a introdução que é na verdade a apresentação de Deus para àquele povo, e por que não, para nós mesmos?
Deus fez uma apresentação de quem Ele mesmo ERA e resumidamente uma apresentação do quê Ele mesmo FEZ para o seu povo escolhido. Ele se fez conhecido, Ele apresentou-se, entregou seu cartão pessoal a Moisés que por sua vez o entregou ao próprio povo de Deus. Nós o conhecemos, Ele mesmo se fez conhecido a todos, Ele mesmo propôs as razões, a imagem, a semelhança. Ele mesmo se deu a conhecer, Ele mesmo abriu o caminho para que sua proximidade fosse real e exata. Ele mesmo propôs a sua visita, a sua chegada e mostrou os seus anelos e virtudes.
Creio que é um mandamento pelo fato de sermos apresentados ao Altíssimo sem ressalvas através de Cristo o Unigênito do Pai. Creio que é um mandamento, pois o conhecemos, vivemos seus benefícios, ardemos em sua presença, habitamos em sua morada, e somos sua habitação.
Devemos amá-Lo por conta de quem Ele é e pelo que Ele faz! Por isso é imperativo.
Jesus ao ser questionado por um mestre da Lei, vejamos com clareza, um MESTRE da Lei, não era um "zé ninguém" quem o estava questionando, era um mestre, um homem com atributos para realizar a pergunta, um homem que, poderia não conhecer ao Espiríto do Senhor, mas conhecia o Senhor do Espiríto. Um homem capaz em suas faculdades mentais e intelectuais, um homem que havia provado da Palavra de Deus e vivia continuamente diante dela, um "zelote" da Palavra, um amante da Palavra, vejamos o diálogo a seguir: "Um mestre da Lei aproximou-se e os ouviu discutindo. Notando que Jesus lhes dera uma boa resposta, perguntou-lhe:'De todos os mandamentos, qual é o mais importante?' Respondeu-lhe Jesus: ' 'O mais importante é este: 'Ouve, ó Israel, o Senhor, o nosso Deus, o Senhor é o único Senhor. Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças.' ' " Novamente, Jesus cuidadosamente apresenta o Senhor da mesma forma com a qual o próprio Deus se apresenta na passagem de Êxodo. Entretanto o pronome possessivo "seu" e derivados do mesmo foi empregado diversas vezes. Por que?
O motivo é o mesmo apresentado anteriormente, Deus se fez conhecido! Se fez apresentado! Se fez SEU! Sua posse, nossa posse, nosso Deus! Aleluia!
Aqui estão motivos mais que especiais para que amar a Deus seja imperativo, pois Ele se fez conhecido. Ele se fez notado, Ele se fez nosso. Amar ao que não conhecemos é muito difícil, mas amar o que conhecemos é tenro, é bom e agradável. Deus nos pede para amá-Lo simplesmente pelo fato dele ser tudo isso e muito mais. Ele nos diz para amá-Lo porque nós o conhecemos e conhecemos o seus feitos, afinal Ele mesmo nos lembra disso constantemente, seja na nossa vida, seja em sua Palavra, seja no Universo.
Soli Deo Gloria
Bíblia utilizada: NVI, Nova Versão Internacional
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